Lantejoulas brilham, mal posso tocá-las
Deus reina este mundo morto,
Sem janelas , vidraças
Ou um resto de esperança.
Nos gramados, crianças ainda brincam,
Um eterno esconde esconde
Figuras frágeis, como as cores
De um arco-íris se esvaindo.
Ouço um chamado,
Estranhas vozes, vazias vozes
Que vem e vão, sempre e sempre.
Como sussurros fracos,
De alguém que já morreu.
Cores, cores, vejo ao longe
Adentram meu corpo,
E colorem minhas células,
Apenas tintas, sem pincéis.
Bafejo o ar morno deste quarto,
Escuro, perdido, um elo.
Sem sentido, nada mais
Que me faça respirar outra vez.
julho.11
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