Corre um rio, calmo, límpido
Sigo seu curso, ainda creio
Na temporada que se inicia,
Serão meus gritos?
Ontem havia um céu azul, despi-me
De todas as nuances,
E são apenas cores mortas,
Que passeiam à minha volta.
Não há sono nem sonhos,
Prefiro compartilhar contigo
Esta noite fria,
Deixar meus ossos gelarem,
Não é justo que você amanheça
Sozinho, no escuro.
Preciso lhe amparar,
Amordaçar minhas mãos, abrir novas feridas,
Calar minha boca, lhe fazer companhia.
Não, não é justo que você sinta frio,
Nem que fique nesta morada fria e úmida.
Este não é o seu lugar, eu sei,
Tenho que parar o tempo,
Aquecê-lo ao sol, e mostrar-lhe
A vida que reina aqui fora.
julho.11
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