musica

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Anjo da morte


Este ar pesado
Adquire formas densas, consome
Meu passado e deixa-me à mercê
De tantos enigmas postulados.
Uma prece é vã – sempre vejo
Crianças, gangorras, parques,
Batidas disformes, de um coração
Que bomba incessantemente, nostalgia.
Tragam-me os copos – para brindar
Os que se foram antes.
Deixem-me formar desenhos no ar,
As nuvens passam lentamente
Não mais os vejo agora,
Sinto-me desmanchar em um ritual.
Batidas disformes, não há foco,
Que me faça vê-los novamente.
Foram-se e um mistério paira
Sons, névoas, o pó.
As imagens disformes se transformam
Em musica – Não creio
Que possa revê-los um dia,
Já se passaram tantos, acreditem.
Estes pedaços perdidos
De meus pensamentos vagam,
Pelas nuvens negras, o perfume
Do anjo da morte.

                                                   Fev.2012

Um comentário:

Paulo Ferreira disse...

gostei do blog

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