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sábado, 31 de agosto de 2013

Trevos




O meu amor transformou-se
Em cobras, florestas escuras
Nada nunca esteve bem –  Eu até pensei
Em lagostas, moinhos de trigo.

Eu até pensei que poderia
Caminhar como um fantasma,
Mas fantasmas somem de vista,
Enlouquecem-me.

Uma lua aparece no céu,
Tenho medo de luas, do pó
Receio nunca compreender
A vida e a morte.

A paz, será que a vi um dia?
Por onde andam as fadas
Que visitaram minha infância?
O que fizeram com o Rei?

Não me peça uma segunda chance,
A linha que nos separa é tênue
Mas não podemos ver – Escurece.
Um calor paira sobre a terra.

Sinto o frio dos fantasmas
Que rondam meus sonhos,
Meus olhos choram –  Gotas
De escárnio e solidão.

                                              Jan.2013

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