Dois vultos se formam
Me fazem relembrar as noites
Banhadas pela lua opaca,
Que vagava pelo espaço vazio.
És assim mesmo, repete
As falas, repinta os quadros,
Falseia a voz, adormece
E guarda tua caixa de maçãs.
Pelas sombras que se formam
Sei que são fantasmas
Que passeiam pelas grutas,
Lá eu posso ainda rezar.
Mesmo que teus ouvidos
Não possam ouvir o que digo,
Continuo com os gritos
Abafados pelo ronco do motor.
Março/2014
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