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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Gotas de Memória












Amoras cor de sangue,
Não pensei em lhe dizer.
As cabeças rolam entre peixes,
Não lhes façam mal.

Quando rola um som,percebo
Como tudo é um sonho,
Vejo cores, vejo-te morta
Com uma cor pálida e tresloucada.

Por que preciso pensar sempre
Ou então, concentrar-me em algo,
Para escrever tolices ou mudo,
Olhar-te como um arbusto de verão?

Nada é tão perfeito quanto nossa
Presunção – de tentar provar algo,
Vire-se para mim e não tente
Fazer-me acreditar em inverdades.

Ratos voam no meu quarto,
Luzes, tristeza, tréguas
É embaraçoso ter que lhe dizer,
Que afinal nada valeu a pena.

De quatro em quatro, desatino
De passo em passo, descortina
Sua sede de querer – Solidão.
Estrelas voam para longe.

Gotas de sangue , minha taça
Agora vazia, de quem é a vez?
De me dizer o que restou,
Universos se distraem.

Demoro tanto para sentir, saber
Que distrações são tolices,
Mas meu relógio gira devagar
Não sinto mais fome ou sede.

Neste instante o Sol nasce
Em algum lugar distante,
Que egoísmo querer que o dia acabe,
Que tudo morra, que se apague!!!
                                                            Fev.2017

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